sexta-feira, dezembro 03, 2010

Aos mestres com carinho II

FERNANDO SILVA

Bem, antes de tudo, me perdoe pelo título repetido. Mas pensei, pensei e não encontrei outro que pudesse resumir em poucas palavras o sentimento de gratidão pelos nossos professores por atravessarem junto conosco mais um ano de faculdade. Um ano particularmente difícil, por conta dos problemas enfrentados pela faculdade no começo do último semestre. Situação que, queira Deus, não mais aconteça.

2010 foi um ano de muitas vitórias, mesmo assim. Aliás, desde quando começamos a cursar a faculdade, ainda no ano passado. Aprendemos muito com os nossos mestres. Tenho particularmente carinho por cada um que ministrou aula para nós. 

Mestre Vendramin, a lenda, um cara que faz muita falta naquela UNIESP, ah, se faz. Gostei muito de ter aula com a Marta Fontenelle (e acredito que em 2011 teremos aula com ela também, uma ótima). Mestra Fabiana Bruno, que falta você faz para nós também. Lembro com muito apreço também da Alessandra de Falco e do mestre Marcos, que deu aula para nós em apenas um semestre em 2009.

Homenageio também a Gisele Bellini e o Felipe Mattei, pela compreensão para conosco, uma vez que o aprendizado foi extremamente difícil, e também pela coragem de ministrar uma aula com parcos recursos tecnológicos. Enfim, pessoas que passaram na nossa vida e deixarão saudades. Umas marcam mais que outras, isso é óbvio, mas cada mestre tem seu lugar em nosso coração, isso é certeza.

Peço perdão mais uma vez, se esqueci de alguém. Ah, dessa eu não poderia esquecer, dessas duas grandes mestras também. Sandra Silva, que vinha da longínqua Holambra para ministrar aula para a gente, com todo o amor que tem pela língua portuguesa e por ensinar. Perdemos uma grandíssima professora, mas sabemos que a oportunidade que ela recebeu foi irrecusável, e lá foi ela trilhar mais um desafio profissional, no qual desejamos sorte, muita sorte. Em seu lugar, entrou a Daniela, que também fez grande papel à frente da nossa turma.

Lembro também da mestra Sílvia, que durante pouco menos de um semestre deu aula de psicologia para nós.  Falo com carinho também do mestre Cauê, um dos caras mais inteligentes com os quais tive aula. Foi uma pena ele ter ido embora também, é outro que fará uma falta imensa para todos nós. Mas fico feliz com a conquista da bolsa dele na UNICAMP, e desejamos todo o sucesso do mundo para ele.

Mas quero fazer uma menção honrosa a nosso mestre Allan, que nos inspirou a fundar nosso blog, que servirá como nosso laboratório e treinamento, apesar de já termos concluído o trabalho em classe. Em nome de todo o grupo, agradeço a você por exigir de nós o melhor a cada dia. Tenha certeza que lembraremos disso a cada instante quando estivermos lá fora, no mercado de trabalho, e lembrarmos dos trabalhos em classe, onde aprendemos muito, e certamente, vamos aprender mais a cada dia. Sabemos que você encarou cada aula com grande seriedade, carinho e competência, e agradecemos a ti por isso, pelo teu empenho, pela tua dedicação, pela tua coragem em assumir disciplinas que sequer havia sido ministrado uma aula de verdade antes da tua chegada. Em nome de todo o grupo, um salve e um MUITO OBRIGADO!!

Abraços de todo o grupo

quinta-feira, novembro 25, 2010

1º de Dezembro: Dia Mundial de Combate à AIDS

GISLENE SIMÃO

Breve explanação do livro Caminhos PositHIVos, da autora Gesiane Simão

Dia 1° de Dezembro é o dia mundial do combate à AIDS, e é nesse período que o mundo une forças para a conscientização sobre a doença. O Dia Mundial de combate à AIDS já existe desde o final dos anos 80; próximo a essa data, várias campanhas de conscientização são lançadas. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), no fim de 2007, 33 milhões de pessoas conviviam com o vírus HIV. Uma doença que ainda não tem cura e que leva milhões de pessoas a mudarem suas rotinas.

Neste ano de 2010, uma jovem estudante do 8° semestre de jornalismo, em plena época de conclusão de curso, resolveu abordar esse tema tão polêmico através de um livro, publicado a apenas uma semana e lido por mim em apenas uma hora. Ele conta a emocionante história de uma família a partir de um diagnóstico de HIV. A jovem jornalista baseou seu livro através de pesquisas e histórias reais. O livro conta a vida de Clara desde a infância até seu diagnóstico do HIV, sua vida muito sofrida cheia de angustia, no qual tem que sofrer uma drástica mudança perante essa nova fase.

Um livro emocionante, com um tema tão abordado à época do Dia Nacional de Combate à AIDS, e ainda muito discriminado por pessoas leigas no assunto.

Acompanhei de perto essa jovem jornalista e seu inferno diário para concluir seu livro até 19 de novembro.
Foram muitas as pesquisas e as tardes de finais de semana escrevendo e relutando consigo mesma. Pensei muito para escrever esse relato, não havia lido o livro até que nesta quarta-feira (24) peguei e comecei a folhear cada página. Foi maravilhoso, descobri nessa jovem um espírito novo; aí nasce uma escritora, pois não consegui parar de ler sequer um momento, nem para responder aos meus amigos no MSN.

Foi perfeito, e percebi que o inferno que essa jovem havia passou vai lhe proporcionar colher muitos frutos através do seu livro, pois ajudará muitas famílias que podem passar um dia por essa situação, e que elas possam descobrir nesse livro a essência da família.

quarta-feira, novembro 24, 2010

Depressão: o inferno desse século

ELISANGELA CARRENHO

Atualmente cada vez mais pessoas sofrem de depressão, transtornos de ansiedade e de humor, síndrome do pânico, dentre outros. Apesar de haver certa influencia genética, os psiquiatras e psicoterapeutas são categóricos ao afirmar que mais de 90% das causas de desencadeamento desses transtornos são os fatores estressantes que existem na vida das pessoas. 

Considerando que vivemos em uma sociedade individualista e competitiva, onde o valor atribuído a alguém é atrelado ao seu sucesso profissional, patrimônio, status social e beleza, aqueles que não conseguem corresponder a essas exigências, são rechaçados pela sociedade.

Todo ser humano tem a necessidade de se sentir aceito e valorizado. A resposta que temos das pessoas ao nosso redor serve como parâmetro para nossos atos, para percebemos se estamos agindo certo. Assim, é com base nessa "resposta" que formulamos um conceito sobre nós próprios, a nossa identidade, a nossa auto-estima. Se todos dizem sempre que sou linda, me acho bonita, e isso me dá satisfação, e assim por diante.

A necessidade natural de se sentir parte da sociedade, aceito e valorizado, é que gera angústia quando não correspondemos às expectativas sobre nós. Por isso, muitas vezes permanecemos em um emprego que odiamos por ocupar um cargo almejado, ou para ter uma remuneração maior, mesmo que a gente não precise de toda aquela quantia para viver bem. Assim como nos endividamos e aborrecemos para ter aquela bolsa caríssima ou andar em um carro importado.

São os valores da nossa sociedade. E sem perceber acabamos adotando eles. Adoecemos para ter mais dinheiro e bens que muitas vezes não precisamos, perdemos a paz para conseguir algo completamente dispensável, mas que todos acham legar ter. Abrimos mão do nosso caráter para entrar em negociatas, perdemos amizades para ganhar uma promoção. 

Mas nunca estamos satisfeitos. Por mais que tenhamos, sempre falta algo. Há uma eterna frustração. Daí surgem as nossas angústias, ansiedades, depressões.

Os orientais têm valores completamente opostos. Primam pela paz interior. Vivem felizes com pouco enquanto no ocidente vivemos infelizes com muito. 

Devemos nos observar para saber exatamente o que nos angustia e analisar se aquilo é realmente essencial para a gente. A mudança de valores e a busca de novas formas de ser relativiza a opinião dos outros sobre nós. Adquirimos consciência do que somos, do que queremos e por que queremos. É necessário separamos nossa identidade das expectativas dos outros, e assim sofremos menos. Não colocarmos nossa auto-estima na mão de ninguém. Precisamos também ter consciência das nossas qualidades e do que temos que melhorar, pois desta forma, uma crítica passa a nos fazer refletir e não a nos abalar. 

O lado infernal da internet

RAFAEL MONTEIRO

A internet é vista como um inferno para muitas pessoas que foram vítimas dela. A internet é um meio interativo de se comunicar com um mundo no qual não podemos alcançar facilmente, pois é uma forma de mantermos informados, atualizados e conectados ao mundo exterior (outros países e culturas), e também para aprender. Mas muitos não conhecem o perigo que se passa na internet quando não se tem o cuidado com o que se expõe nela. De acordo com uma pesquisa feita há quatro anos, 8% dos menores que tem seu e-mail aberto a todos na internet, mais de 5% foram assediados por conhecidos na grande rede. 76,2 % dos menores de idade acessam a internet sem a supervisão de um adulto, e a maioria deles, com a intenção de conhecer outras pessoas em salas de bate-papo, e a minoria usa a rede para buscar conhecimento.

As páginas mais visitadas são o Google, Hotmail, Messenger, Facebook e Orkut. Hoje, a sensação da internet é o Twitter, que vem crescendo em número de acessos a cada dia, ganhando um sem número de adeptos. Mas a internet não revela o perigo apenas com menores; muitos adolescentes e adultos acabam sendo enganados por infratores da web, principalmente quando estão procurando relacionamentos com pessoas que jamais viram na vida, recebendo informações falsas e manipuladoras. Dessa forma, marcam encontros na grande rede e depois desaparecem sem deixar rastros, ou melhor, até deixam rastros, mas de destruição, seja na conta bancária, ou mesmo na vida sentimental da pessoa envolvida.

Além do risco de se conhecer alguém potencialmente perigoso, a internet pode oferecer também o vício em jogos on line, em que pessoas passam mais que 24 horas conectadas, tornando um mundo digital seu mundo "real", se esquecendo do mundo real, esse, sem aspas. Isso torna as pessoas alienadas, prejudicando o convívio social. Aliás, não há, nesse caso, qualquer tipo de vida social.

Muitas vítimas da internet não são apenas os que vivem conectados a ela diretamente. Muitas pessoas acabam por ser prejudicadas com vírus recebidos através de jogos e links falsos, causando uma perda de arquivos pessoais em seu computador. Nos jogos on line, há pessoas virtuais, espadas, armaduras e outras tantas coisas valiosas, mas que escondem a intenção dos chamados trojans, que buscam roubar as senhas de usuários para vender seus dados a outros oponentes.

Há muitos produtos falsos em evidência na grande rede, como relógios, eletroeletrônicos, propagandas de remédios... Embora haja ameaças comuns a todos os lugares do planeta, até mesmo os e-mails que se utilizam de iscas como mensagens de banco, sites de relacionamento e até mesmo intimações judiciais, buscam ludibriar o usuário que padece da falta de informação e conhecimento.

A internet é um instrumento público, uma ferramenta fantástica a bem da humanidade. Mas deve ser usada com responsabilidade, cuidado e muita precaução, uma vez que a grande rede pode ser amiga e inimiga ao mesmo tempo. Só depende de você, amigo leitor, saber para qual lado seguir.

sábado, novembro 20, 2010

Dia da consciência negra... Que consciência?

FERNANDO SILVA

Algum político (não vou consultar o Google) teve a ideia de decretar o dia 20 de novembro como o Dia da Consciência negra. A data coincide com a morte de Zumbi dos Palmares, mais um dos revolucionários que fizeram história no Brasil, como Tiradentes, Luiz Carlos Prestes, Juscelino Kubitschek e Lula, para citar apenas alguns. Mas não há nada para se comemorar em 2010, um ano que ficou definitivamente marcado pela volta da intolerância, não só contra o negro (sem essa de afrodescendente) e também contra o nordestino e o homossexual.

Cabe refletir sobre isso. A diversidade étnica impera no Brasil desde 1500, quando os portugueses erraram o caminho das Índias e invadiram a terra dos índios, dando início a uma miscigenação sem fim. Séculos mais tarde, vieram os espanhóis, italianos, japoneses, poloneses, alemães, os africanos, entre tantos outros povos que trouxeram muita força e construíram essa nação e a deixaram multicolorida.

Nunca há motivo para a discriminação, coisa de gente mesquinha, fútil, imbecil e que é o esgoto do mundo. Entretanto, cada vez mais a chama terrível do nazi-fascismo reacende na Europa, Estados Unidos, e pasmem, aqui mesmo no Brasil, causando uma onda de intolerância que remete aos tempos de Hitler. A extrema-direita usa discurso parecido com o do ditador austríaco para dizer quem é puro e quem não é, a famigerada “raça ariana”.

A discriminação sempre existiu, isso é fato. A diferença é que agora ela é escancarada, deixou há muito de ser velada. Cada vez mais é visto nos campos de futebol da Europa manifestações de racismo a jogadores, sobretudo africanos e brasileiros. Recentemente, Mario Balotelli, atacante italiano de origem ganesa, foi duramente insultado por torcedores no amistoso contra a Romênia na terra de Hitler, em mais um episódio lamentável na história do futebol.

Voltemos ao cenário brasileiro. Faz-se necessário dizer que a campanha eleitoral de José Serra, permeada de ódio contra os pobres e nordestinos, desencadeou uma triste onda de reações discriminatórias em todo o país. Recentemente, uma estudante de direito pregou mensagens de ódio os nordestinos no Twitter, enquanto um jornalista pregou mensagens contra “os miseráveis que passaram a ter dinheiro para comprar um carro”, palavras do dito-cujo. Some-se ao fato do ataque aos homossexuais na Avenida Paulista, maior centro financeiro da América Latina.

Os negros são discriminados sim. Já fui vítima de alguns casos e já vi outros tantos. Certa vez, tive o conhecimento que os pais de uma moça, ditos evangélicos, rejeitaram o neto já que o pai dele era negro. Isso é o que vejo, mas não vai para a TV. Negros em papeis relevantes na sociedade são minoria, como o ministro do STF, Joaquim Barbosa. Poucos são também os representantes da raça negra no cenário político.

Nas faculdades ditas famosas, os negros eram minoria esmagadora até antes do projeto de cotas do Presidente Lula tornar-se realidade. O que causou revolta àqueles que acreditavam deter o domínio do saber e não queriam compartilhar com a minoria (que nem é tão minoria assim).

Não há regime de cotas no mundo capaz de resolver um problema desses. Esse problema não está nas mãos das autoridades, está no seio da sociedade. Entretanto, a cada ano que passa, ando mais pessimista. A moral e os valores não são os mesmos, e não há nada a comemorar. Ao invés de aplausos pela data, um minuto de silêncio, lamentavelmente. E assim caminha a intolerância e a mediocridade.

quinta-feira, novembro 11, 2010

Dia do aluno


Por Tony Claytom

Cena 1: ENEM 2010: mais uma vez o Exame Nacional do Ensino Médio é um fracasso, causando transtornos aos alunos que buscam uma vaga nas universidades do país através de uma bolsa de estudos. O governo não se entende, sendo que o presidente Lula em entrevista, disse: "O exame será repetido quantas vezes for necessário". Já o Ministério da Educação afirmou que "tal possibilidade é impossível".

Cena 2: Professora carioca é indiciada por corrupção e abuso de menor por manter um caso com uma aluna de apenas 13 anos.

Para começar esse texto, faço uma pergunta a vocês: por que não se oficializa o dia do aluno?

Vivemos em um país que tem data comemorativa para diversas profissões e áreas, fora as homenagens que os vereadores do Brasil instituem as mais diversas personalidades. Se não veja por exemplo: o ‘brilhante’ projeto do vereador da Câmara Municipal de São Paulo, Agnaldo Timóteo, do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), no afã de homenagear o rei do pop Michael Jackson, propôs a mudança de nome do Parque Ibirapuera para Parque Michael Jackson.

Sendo assim, gostaria de pedir também que fosse instituído o dia do aluno. Afinal, nós alunos do Brasil e do mundo inteiro somos uma das classes menos favorecidas. Posso dizer, inclusive, que somos deixados de lado pelas autoridades.

Durante o início do 2º semestre de 2010, nós alunos da UNIESP tivemos que recorrer a uma paralisação para que finalmente pudéssemos ser atendidos pela diretoria da mesma e expor o nosso ponto de vista a respeito de diversos assuntos.

Não é de hoje que vemos no noticiário matérias envolvendo chacinas de estudantes por parte de colegas de escola, bem como brigas recorrentes envolvendo alunos dentro de seus respectivos recintos do saber. Lembro que recentemente houve um caso em que um professor, num acesso de raiva, quebrou a porta de uma sala de aula, ofendeu e agrediu fisicamente uma companheira de trabalho. Tudo isso diante dos olhos perplexos dos alunos para qual o docente ministrava uma aula. Esse caso aconteceu no litoral de São Paulo. Também no interior do Estado, nesse ano, uma mãe não só presenciou a briga de sua filha com uma colega de sala, como também instruiu a filha sobre como ela deveria bater na companheira.

Em um país com uma população de 190 milhões de habitantes, o descaso com a educação é cada vez mais evidente. O Brasil ficou atrás da Argentina e do Chile no Índice de Desenvolvimento Humano divulgado pela ONU. Nada contra estar atrás desses países, mas uma nação que assumiu o papel de líder do MERCOSUL deveria, no mínimo, dar o bom exemplo. No IDH, um dos principais fatores é justamente o quão desenvolvido são os países em termos de educação. Todos os países à frente da nossa nação no ranking do órgão das Nações Unidas tem como principal objetivo ter seu povo alfabetizado, com boas condições de estudo e boas instituições de educação.

Sendo que infelizmente no nosso país já não se pode constatar o mesmo sucesso dos vizinhos, até mesmo por conta da imensa desigualdade de todos os tipos que assolam os alunos, que estudam desde as chamadas escolas de ‘lata’, passando por salas de aula improvisadas.

Lembro aqui ainda que a educação é a base para qualquer ser humano, mas para nos sermos  grandes cidadãos, a qualidade do ensino no Brasil precisa melhorar muito e urgentemente.

Pensem nisso!

Viva o aluno brasileiro

Vida que segue. (O semestre está por terminar e por consequência o ano chega ao fim)

Abraço a todos.

As mil faces da comunicação

O blog Inferno Diário estreia nesta quinta-feira a seção com os colunistas convidados. Nesse post, o texto é da Amanda Oliveira, aluna do sexto semestre de jornalismo. Desde já, a equipe do blog agradece à autora pelo tempo disponibilizado para esse humilde blog. Vamos ao texto. Boa leitura!

O Brasil tem alcançado um número bem significante de internautas e o mais impressionante é que os números tem aumentado velozmente. Segundo dados do Ibope/Nielson entre os mêses de setembro e dezembro surgiram 1,2 milhões de brasileiros com mais de 16 anos. É importante ressaltar que o Brasil é o 5º país maior em números de conexões de internet. De acordo com o Ibope 27,5 milhões de usuários acessam a internet em domicílio.

Segundo Alexandre Sanches Magalhães, gerente de análise do Ibope/NetRatings, o ritmo de crescimento é intenso. E quando o assunto é o tempo usando na frente do computador, o Brasil ganha destaque aparecendo em primeiro lugar, com tempo médio de navegação de 48h26m, em segundo aparece os Estados Unidos com 42h19m e o terceiro lugar vai para o Reino Unido com 36h30m.

Não posso negar que a internet trouxe muitos benefícios para nós usuários. Tem facilitado nossa vida, pois é muito melhor pagar as contas através dela, que enfrentar uma enorme fila no banco. Essa ferramenta tornou-se o terceiro veículo de maior alcance no Brasil, atrás apenas do rádio e da tv. Oitenta e sete por cento dos internautas utilizam a rede para pesquisas de produtos e serviços, sendo que 90% dos consumidores ouvem sugestões de pessoas conhecidas antes da compra, enquanto 70% confiam em opiniões expressas online.

Segundo o FGV, são 60 milhões de computadores em uso, devendo chegar a 100 milhões em 2012. Em todo o mundo a cada dia 500 mil pessoas acessam pela primeira vez a internet, a cada minuto são disponibilizadas 20h00 de vídeos no youtube e a cada segundo um novo blog é criado. em 1982 haviam 315 sites na internet, hoje existem 174 milhões. E assim a internet segue, facilitando nossas compras, nossos relacionamentos, nossos estudos, nossa vida.

Porém, existem as outras faces da internet, afinal o que seria do bem se não existisse o mal? Com o avanço da tecnologia, também surgiu o avanço da violência, da falta de amor, e pasmem: até mesmo da comunicação. Assistimos aos noticiários e o índice de violência sexual à crianças e adolescentes através da internet tem crescido de maneira horripilante. As redes sociais estão contribuindo bastante para o uso da mentira e junto vem as decepções amorosas. É bem verdade que estas redes tem nos ajudado a manter contato com familiares, amigos que ao longo do tempo perdemos o contato físico... mas também é verdade que elas (as redes sociais) tem nos ajudado a manter distância das pessoas que estão próximas a nós.

Ultimamente tem me ocorrido um fato interessante. Moro com duas amigas que durante o dia não temos muito contato devido a correria da vida, durante a noite, depois da faculdade quando todas estão em casa, preferimos a compania do computador, cada uma em seu "canto" e aderimos às conversas pelo MSN. O assunto do momento entre Camila e eu, tem sido o Neymar (sua beleza, segundo Camila e a vontade que ela tem de conhecê-lo) jogador do Santos. Ela na sala (provavelmente assistindo jogo do Santos, embora afirme de pé junto que é Corinthiana) e eu no quarto, é claro! a distância? hum.... apenas uma parede!

Essas são as consequências da evolução. Estamos trocando o contato físico pelo virtual.

Sem contar na influência da nova escrita: O internetês. Sairemos por aí diminuindo as palavras e sendo cada vez mais reprovados nos concursos, nas provas, etc. Outro dia me peguei escrevendo um artigo como se estivesse no MSN. Escreví: VOCÊ, "VC"! Ainda bem que percebí a tempo!

A solução agora é escrever em Português no meu Messenger, para não escrever "internetês" no meu cotidiano.

Essas são as mil faces da internet! Fica o recadinho para os leitores: A internet é uma ferramenta essencial, mas cabe à você, usá-la com sabedoria.

Um abraço,

Amanda Oliveira

domingo, outubro 17, 2010

Aos mestres com carinho

TONY CLAYTOM

Retrato do professor "bem tratado" no Estado de São Paulo
Crédito: Clayton Souza/Agência Estado

Amigos: comemoramos na última sexta-feira (15) o dia do professor. Mas novamente faço a vocês uma pergunta já feita  há alguns textos atrás: os professores verdadeiramente tem o que comemorar?

O total descaso e o desrespeito com os mestres do nosso país têm deixado bem claro que, exceto pelo carinho dos seus respectivos alunos, há um notório desrespeito ao professor! Nada têm a comemorar esta classe trabalhadora que tanto tem a nos oferecer.

Amigos, sabedoria infelizmente é algo que só aprendemos com o tempo. Além do trabalho mestre-filosófico dos professores, muito eles nos dão com a sua imensa sapiência, pois a experiência de seu rico trabalho faz com que, além de nos ensinar as disciplinas escolares, eles sejam também como psicólogos, já que a psicologia acima de tudo é de suma importância para o trabalho desses profissionais, bem como a paciência.

Pois bem professores; gostaria de aqui neste espaço reflexivo, desejar a todos vocês um dia de muito respeito, carinho, compreensão, melhores salários e melhores condições de trabalho. E que o que aqui desejo não seja única e especificamente para esta data, mas sim para todo o sempre.

Como já cantou Leci Brandão na canção de sua autoria  chamada ‘Anjos da guarda’: "Na sala de aula é que se forma um cidadão, na sala de aula é que se muda uma nação, na sala de aula, não há idade nem cor, por isso aceite e respeite o seu professor".

Pensem nisso...

A vida vai a todo vapor!

Abraço 


quarta-feira, outubro 06, 2010

Mais um bamba que se vai

Tony Claytom

Amigos. Hoje, usarei este espaço de reflexão única e exclusivamente para falar sobre o falecimento de um dos grandes ícones da capital paulistana. Morreu na madrugada de domingo para segunda-feira o seu Nenê.

Seu Nenê da Vila Matilde era um símbolo do samba paulistano e quiçá do Brasil, vindo das mais profundas raízes do samba. Seu Nenê era contemporâneo de sambistas como Geraldo Filme, Inocêncio, Thobias, Talismã, todos esses vindos da paineira verde e branca da zona norte de São Paulo, a Escola Camisa Verde e Branco, além, é claro, do grande Adoniran Barbosa, que completaria cem anos se ainda estivesse em vida.

Seu Nenê contribuiu entre outras coisas com vários trabalhos sociais na comunidade de Vila Matilde, levou sua escola do coração da qual era patrono a ser a primeira escola de samba paulistana a desfilar, na famosa Marquês de Sapucaí, no já distante ano de 1984.

Parafraseando aqui uma estrofe de um samba do compositor Tião Pelado, chamado Adeus de um Poeta, e gravado por diversos artistas, estrofe essa que diz: "Se foi ao mundo inteiro disse adeus é triste mais foi mais um bamba que o mundo samba perdeu...”

Seu Nenê, vá em paz, e que Deus dê ao senhor o Reino da Glória.

Infelizmente esse é o ciclo da vida...

Abraço a todos!

sábado, outubro 02, 2010

Políticos: mais respeito com os idosos do Brasil!

Tony Claytom

Comemora-se em 1º de outubro o dia do idoso. Mas desde já, faço a pergunta: o idoso realmente tem o que comemorar no nosso país?

Amigos, numa sociedade onde a erva daninha da discriminação insiste em florescer, os idosos são mal tratados, mal vistos e até marginalizados no Brasil. Sociedade esta que não vê ou se faz de cega quanto à imensa contribuição que os cidadãos da melhor idade do nosso país nos dão a cada dia, através de sua vivência e grande sabedoria.

Há alguns textos atrás, dissertei aqui neste espaço de reflexão sobre os aposentados que durante anos contribuíram com a Previdência Social e agora, na hora da retribuição, são deixados de lado, recebendo benefícios vergonhosos. Ou seja, até nesses momentos os idosos brasileiros são discriminados. Deixo outra pergunta aqui: o que faz o povo brasileiro em defesa dos direitos dos idosos?

Estamos em vivendo a época de eleições, quando decidiremos o futuro do Brasil, e é quando vemos e ouvimos propostas dia sim dia também no famigerado horário eleitoral. Promessas essas que são esquecidas tão logo os candidatos são eleitos. Vide a imensa fila que se vê no INSS.

Pois bem. Fica aqui a reflexão para vocês, e de minha parte peço respeito com aqueles que muitos nos ensinaram e muito tem a nos ensinar. Deixo minhas felicitações aos idosos pelo seu dia, em especial há um que tamanha importância tem neste meu processo acadêmico: Professor Vendramim, um grande homem e grande educador.

Vida longa à velha guarda.

Pensem nisso e votem com consciência

A vida segue...

Abraço a todos

quarta-feira, setembro 29, 2010

A atuação das mulheres na política do Brasil


Elisangela Carrenho

As mulheres compõem a maioria da população do Brasil, representando 40% da força de trabalho. No entanto, no cenário político, a realidade feminina não é tão cor-de-rosa. Apenas em 1928, a cidade de Lajes (RN) elegeu Luiza Alzira Soriano a primeira prefeita da América do Sul. Em 1988, Luiza Erundina foi eleita prefeita da maior capital do país, São Paulo. A primeira governadora seria eleita apenas em 1995. Roseana Sarney ganhou a eleição no Maranhão. Apenas dois dos estados mais populosos do País já elegeram governadoras: Rio de Janeiro, com Rosinha Garotinho, e Rio Grande do Sul, com Yeda Crusius.

Com esse cenário, as eleições 2010 são motivo de comemoração, no sentido de participação feminina na política. Pela primeira vez no Brasil, duas mulheres disputam a presidência da República e estão entre os principais candidatos: Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV). Antes, Lívia Maria Pio de Abreu e Heloísa Helena concorreram à vaga do cargo mais importante da nação. Lívia tentou se eleger em 1989, alcançando o 17º lugar. Heloísa Helena participou da última eleição, em 2006, ficando no terceiro posto.

O fato é que a participação das mulheres cresce a cada ano no Brasil, mas ainda está muito abaixo do que a proporção homem/mulher no país supõe [o último Censo do IBGE aponta a população feminina maior que a do sexo oposto]. No caso da Câmara dos Deputados, em 184 anos de existência, nenhuma mulher nunca ocupou cargo titular na Mesa Diretora da Casa. Somos 45 em 513 deputados, o que significa 8% de representação feminina. No Senado, a situação é um pouco melhor — com 13%. Ainda assim, o percentual de mulheres na Câmara e Senado é um dos mais baixos da América Latina e, também, do mundo.

Em 1996, o Congresso Nacional instituiu o sistema de cotas na Legislação Eleitoral, que obrigava os partidos a inscreverem, no mínimo, 20% de mulheres nas chapas proporcionais. Em 1997, o sistema foi revisado e o mínimo passou a ser de 30%. Ainda assim, isso não ocorre na prática. É uma questão histórica: durante boa parte da história do País, as mulheres não tiveram cidadania plena, nem direitos civis.

Apenas em 1932, no governo de Getúlio Vargas, as mulheres passaram a ter o direito de votar. Ainda assim, o "benefício" só era concedido às mulheres casadas — com autorização do marido —, viúvas e solteiras com renda própria. A emancipação feminina só aconteceu em 1988 com a Constituição, que colocou no mesmo patamar homens e mulheres, que receberam os mesmos direitos e obrigações, sem qualquer tipo de distinção.

A nova lei eleitoral aprovada no Brasil [12.034/2009] determina, além da cota de 30% das vagas para candidatura feminina, a obrigatoriedade dos partidos políticos destinarem 5% do fundo partidário para a formação política das mulheres, e ainda a reserva de 10% do tempo de propaganda partidária em anos não-eleitorais para a promoção da participação da mulher.

Nota-se que a evolução da mulher no cenário político brasileiro é clara. Mas não é fácil mudar a atual realidade. Depende, e muito, da vontade feminina de driblar o machismo, usando como arma o diálogo, a compreensão e aproximação entre homens e mulheres para igualar essas diferenças.

segunda-feira, setembro 27, 2010

Não maltrate a língua portuguesa!

Tony Claytom

O português é um dos mais belos idiomas do mundo. Mas apesar da beleza e da sonoridade, a língua portuguesa é motivo de tortura para muitos brasileiros.

Escrever o português correto não é tão simples como pode parecer, uma vez que suas diversas regras sempre acabam por nos confundir. Até hoje, muitos de nós ficam naquela dúvida: "aquela palavra é com s ou com z?"; “será que aqui entra uma vírgula ou não?”. Falando em vírgula, é preciso que haja o maior cuidado possível. Porque o risco de cometer um erro nesse sentido é muito grande.

Como estudante de jornalismo, devo ter o domínio da escrita e da leitura, uma vez que são as matérias primas para reportar com maestria uma peça jornalística. Mas como já dizia o saudoso Vicente Matheus, “quem está na chuva é para se queimar". Ao mesmo tempo, reflito sobre os acadêmicos de letras e filosofia. Ora, perto deles, meus dilemas ortográficos são reduzidos a pó.

Por isso, incessantemente lutarei e usarei este espaço de reflexão para que cada vez mais possa melhorar a qualidade, coerência e coesão dos meus textos. Desde já, agradeço à colaboração dos professores que pegam no meu pé por tão nobre causa, e ao eterno amigo e editor-chefe deste espaço, Fernando Silva, o guerreiro. Que com sua paciência e amizade está sempre revisando os textos deste humilde escriba.

Engraçado que há tempos tenho um projeto que pretendo tirar do papel chamado "Não maltrate o português", afinal ouvir por aí, “pobrema”, “cocrete”, “nós vai”, “nós fumo”, “talba”, ”malmita” e outros erros grotescos por aí, definitivamente, não dá.

Sendo assim, nos resta apenas estudar, ler e escrever, necessariamente nesta ordem, e buscar um lugar ao sol dos que tem o dom de escrever um bom texto.

E a vida vai a todo vapor!

Abraços a todos.

A lamentável morosidade dos órgãos públicos no Brasil


Tony Claytom


Por dois dias, vivemos a expectativa de ver aprovada da Lei da Ficha Limpa pelo Supremo Tribunal Federal, mas houve um empate. Trata-se de uma lei importante para todos nessa época de eleição, já que essa seria a melhor forma de não nos depararmos novamente com os Rorizes, Barbalhos, Malufs e outros "nobres" candidatos no processo eleitoral.


Mas o que há é um empate. O povo já não mais aguenta tanta enrolação. No país da morosidade nos órgãos públicos, essa lentidão representa um verdadeiro inferno para o sofrido povo brasileiro. Claro, nada mais poderia se esperar do que um sonoro empate.

Como homem, cidadão e estudante, sinto-me ultrajado, mas o que mais esperar de alguém como Gilmar Mendes e todos que o acompanharam? O mesmo que liberou os presos da Operação Satiagraha da Polícia Federal e que protagonizou com um dos colegas um verdadeiro bate-boca no STF.

Portanto, deixo aqui registrado a minha profunda desolação com todos os órgãos que fazem com que os processos se arrastem durante muito tempo nas esferas jurídicas, aumentando ainda mais a espera por algo de interesse da população. Nessas polêmicas, sempre há alguém que vem lhe dizer: "É assim mesmo. Não adianta ficar revoltado. Ou muda você ou muda o mundo..."

Pois bem. Não sou de ficar "em cima do muro" e não vou mudar, e o mundo não mudará por minha causa. O que temos novamente? Um empate. Pense nisso.

Segue a vida...

Abraço

quinta-feira, setembro 23, 2010

Céu e inferno


Tony Claytom

Há algum tempo, percebo um certo embate entre o céu e o inferno. Falo aqui não somente do lado espiritual e religioso deste tema, mas também tudo que envolve tal questionamento. Senão, vejamos: quando crianças, aprendemos que o céu é o lugar dos justos e dos que aqui na terra não foram pecadores.

Pois bem, com o passar do sempre implacável tempo, acabamos por aprender que as coisas infelizmente nem sempre são bem assim. No atual panorama, se você refletir, chegará à conclusão de que para alcançar o reino da glória, temos de seguir por um longo, tortuoso e espinhoso caminho.

Por muitas vezes, um dos maiores pecados que cometemos é o da mentira, mas como a omissão e o ocultamento da verdade acaba por ser o “melhor caminho”, deixo aqui bem claro que não estou defendo a mentira e muito menos seus adeptos, mas como disse, por muitas vezes mentir se faz necessário.

Sem contar os que agem de má fé, que não tem boa conduta e outros tantos pecados de uma enorme lista que poderia citar aqui para vocês. Agora, percebam que são sete os pecados capitais. Qual deles não praticamos hoje em dia?

Ira: podemos até não desejar o mal a outras pessoas, mas você acredita que o mesmo não se aplica à sua pessoa? Já que no mundo atual, trilhar o caminho certo ou o caminho errado, tanto faz? Já que irão falar a seu respeito da mesma forma e quase sempre, falarão mal.

Soberba: há falta de amor e compaixão para com o próximo hoje em dia. Nos momentos atuais, se mata, se engana e se passa por cima do bom senso em nome do poder e do seu contentamento pessoal, afinal, que se o próximo.

Luxúria: dê dinheiro e poder a uma pessoa e terá a explicação desse pecado.

Enfim amigos, eu poderia passar horas aqui dissertando sobre esta questão ou sobre este embate, como queiram. Mas como este é um espaço de reflexão, fica a dúvida: de qual caminho estamos mais perto do céu ou do inferno? Claro que, por muitas vezes o caminho a seguir depende única e exclusivamente de nós mesmos. No entanto, muitas vezes também não é bem assim... Pensem nisso pois é vida que segue.

Abraço

quarta-feira, setembro 22, 2010

Precisamos evitar o fim

ELISANGELA CARRENHO

Nosso planeta caminha cada dia com mais rapidez para um desastre ambiental de grandes e irreversíveis proporções. E diante desse desastre iminente, nos perguntamos, talvez com a mesma rapidez: o que faremos para evitarmos esse temoroso fim?

Fala-se tanto da necessidade de deixar um planeta melhor para os nossos filhos, e entretanto, a urgência em deixarmos filhos melhores (educados, honestos, dignos, éticos, responsáveis) para o nosso planeta acaba sendo esquecida, como evidenciam muitas de nossas atitudes.

Sim, porque, o que adianta fazermos campanhas, movimentos, alertarmos o MUNDO à nossa volta para um problema como este, se não começarmos a nos policiar? E quando digo “nos policiar”, me refiro às nossas atitudes, no nosso cotidiano, que por muitas vezes nos passam despercebidas, pois para que isso aconteça, teremos que travar uma batalha, contra hábitos enraizados em nossa cultura há anos, eu diria até milênios.

Hoje, o homem se encontra escravo de sua própria sorte; aliás, o ser humano caminha para a colheita do que tem plantado há tempos: descaso com o meio ambiente, destruição de florestas, poluição de lagos, rios, mares; contaminação do ar por poluentes e agrotóxicos, destruição da camada de ozônio, e por aí vai.

Sim, amigos, sabemos que o fim está próximo. Mas não conseguiremos reverter esse quadro, à não ser que tomemos ainda hoje uma atitude, uma postura contrária à da que estamos tendo desde que nos conhecemos por gente; o tempo urge, e com ele, necessitamos mudar, para que, juntos, cada qual fazendo sua parte, tenhamos a reversão de uma catástrofe ambiental, em nível mundial.

Que hoje, cada um de nós possa refletir sobre essa mudança; que com cada qual, fazendo sua parte, se caminhe para um mundo mais limpo, tanto na questão ambiental, como na formação de seres humanos mais conscientes e educados ecologicamente.

Uma pensata sobre a falta de bom senso na campanha eleitoral

Tony Claytom

Olá pessoal!

É como imenso prazer que me junto aos meus amigos e escrevo neste espaço de reflexão.

Pois bem. Para começar, gostaria de falar um pouco mais sobre o "inferno diário" chamado eleições. Vejam bem. Nestes dias que precedem o processo eleitoral, a nossa região é tomada por uma imensa poluição visual. Claro que os respectivos candidatos acham que estão agradando, mas ver tantas placas, banners e afins pelas ruas chega a nos causar stress. Sem contar a imensa distribuição de santinhos.

Só para dividir com vocês o que me aconteceu no último fim de semana. Minha mãe me pediu para levá-la uma festa de um amigo no último sábado. Chegando lá, eis que aparece um candidato a deputado. Sim, amigos. Nessa época, temos a impressão de que eles se multiplicam, pois estão por todos os lados.

Então o político veio conversar conosco, e é sempre aquele mesmo papo: "Meus caros amigos..." Tapinha nas costas e tudo mais, como se fossem velhos amigos nossos. Não satisfeito, o candidato distribuiu no mínimo 20 santinhos nas mãos de cada um de nós. Se levarmos em conta que estávamos em quatro, entre elas minha sobrinha de apenas dez anos e que sequer vota, fica difícil acreditar em alguém com tão nobres intenções.

Refleti sobre o assunto e indaguei a mim mesmo: "Para quê tanto santinho? Será que ele está pensando que serei cabo eleitoral dele?". Pois bem, o que acabo de relatar aqui, acontece todos os dias com várias pessoas, e nos mais variados lugares. Agora vejamos; Como alguém que sequer respeita a natureza e suja a cidade com milhares de papeis todos os dias, se diz representante do povo nos próximos quatro anos?

Finalmente, gostaria de falar sobre o pior dos infernos nessa época.  Os carros de som, a sujeira nas ruas, a poluição visual e também a poluição sonora. Onde tudo isso vai chegar? Se levarmos em conta que daqui a dez dias teremos eleições, e se todo esse dinheiro gasto em campanha vai literalmente para o lixo, porque não investir tais recursos em ações sociais? Seguramente, os mesmos candidatos seriam muito mais bem quistos por todos.

Pensem nisso, porque é vida que segue...

terça-feira, setembro 21, 2010

Acorda, Brasil!

Elisangela Carrenho

Brasileiro sempre teve mania de reclamar dos seus governantes.

Reclamava dos administradores das Sesmarias e das Capitanias Hereditárias; dos governadores gerais e dos imperadores.

Reclamava dos presidentes da Velha República e da República Velha, dos militares, de Sarney, de Collor, de Itamar, de FHC, reclama de Lula...

Não reclamaram de Tancredo Neves porque morreu antes da posse!

Logo teremos um novo presidente, novo governador, outros deputados... Ou os mesmos! Mas o povo vai continuar a reclamar. Sabe por quê?

Porque o problema não está nos deputados, senadores, presidente, governador, prefeito, funcionário. O problema está naquele que reclama: você e eu; nós!

O problema está no brasileiro. Afinal, o que se poderia esperar de um povo que sempre dá um jeitinho? Um povo que valoriza o esperto e não o sábio?

Um povo que aplaude o vencedor do Big Brother, mas não sabe o nome de um escritor brasileiro? Um povo que admira o pobre que fica rico da noite para o dia? Ri quando consegue puxar TV a cabo do vizinho?

O que esperar de um povo que não sabe o que é pontualidade? Joga lixo na rua e reclama pela sujeira? O que esperar de um povo que não valoriza a leitura, que finge dormir quando um idoso entra no ônibus? Prioriza o carro ao pedestre? O que dizer de um povo que reclama pra receber do governo livro didático gratuito para o filho (a) e não vê que esse aluno (a) deixa os livros todos os dias em casa e vai para a escola perturbar a aula e prejudicar os que querem realmente estudar e aprender? O problema do Brasil não são os políticos; são os brasileiros! Os políticos não se elegeram; fomos nós que votamos neles. Político não faz concurso, ganha votos: o seu e o meu! Pense nisso!!!!

Coruja: curta-metragem sobre Bezerra da Silva

Fernando Silva — no twitter, @fernandomagall

Eis a voz de um revolucionário do morro. Seu nome, Bezerra da Silva. Um dos maiores partideiros da história, que deixou seu legado na música e na sociedade, sobretudo na carioca, mas que se estende por todo esse Brasil varonil. 'Coruja', curta-metragem, dirigido por Márcia Derraik e Simplício Neto, divulgado no Portal Curtas, mostra a origem das músicas de Bezerra, composta pela nata dos compositores cariocas, os malandros, malandros trabalhadores. Tem apenas 15 minutos. Vale a pena! Curta o curta!

A crise da UNIESP e a nossa revolução

Fernando Silva — no twitter, @fernandomagall

Pois bem, meus caros,

Semana passada, vivemos (não todos, já explico) momentos extremos em nossa faculdade. Começamos a semana respirando os ares da incerteza acerca de nosso futuro, já que a UNIESP, em crise financeira (que até agora não sabemos oficialmente o porque, já que as mensalidades andam em dia), atrasou o salário do corpo docente. Impossibilitados e desmotivados, claro, pela falta do dinheiro mirrado de cada mês (vale lembrar, os últimos meses na antiga Hoyler duravam até 90 dias), não havia condições de que as aulas fossem ministradas, o que culminou no caos que se instaurou desde o início do atual semestre.

Pois bem. Enquanto muitos coleguinhas que ameaçavam se desligar da faculdade — e não compareceram uma vez sequer no manifesto — outros, com espírito de revolução, poucos (perto de 200, muito pouco se levarmos em conta que a faculdade tem cerca de mil alunos matriculados) que se fizeram muitos, bradavam pela resolução do caso, pelo pagamento dos professores e pelo restabelecimento das aulas.

A situação andava preta, bem preta. Não havia nenhum posicionamento da instituição a respeito. Nossos professores, ameaçados de demissão por justa causa, ficaram impossibilitados de se manifestar. Coube a nós, alunos, clamar pelos direitos de nossos mestres e funcionários da UNIESP, e consequentemente, dos nossos também. Quem lê esse manifesto, pode pensar que foi fácil. Ao contrário. Foram horas de luta no frio de Hortolândia, negociações, reuniões, informações desencontradas, manifestações bravas de quem lutou até o fim.



A vitória chegou, não sem antes, muito sacrifício. Evidente que a divulgação na grande mídia ajudou (agradecimentos às presenças da TVB, EPTV e O Liberal), mas a maior força, sem dúvida, foi a nossa! E é sobre isso que quero falar.

Ainda que não tenhamos feito mais do que a nossa obrigação, que é lutar pelos nossos direitos, modéstia à parte, estamos de parabéns. Não é fácil sair da zona de conforto e brigar, se unir em torno de um único ideal. Mas nosso futuro está em jogo. Nossa vida universitária de hoje representa nossos rumos profissionais no amanhã. E é por isso que exalto as nossas atitudes ao marcar ponto todo dia na frente da faculdade, ainda que as negociações tenham sido muito difíceis, arrastadas, e que por muitas vezes, caminhavam para um cenário sem solução. Mas vencemos!

Endosso o e-mail que nossa brava companheira Elisângela enviou aos integrantes da classe, convocando a todos para participarem da batalha. A luta não se faz sozinho. É com muita união e espírito de revolução (como Che) que as coisas acontecem. Até no dicionário, a vitória só vem depois da luta. Infelizmente, alguns coleguinhas, talvez bancados por pai e mãe, deram as costas para a nossa causa e preferiram esperar sentados, deitados ou sei lá como, no quentinho de seus respectivos lares, uma solução pelo caso. Solução, para estes, cômoda, talvez.



Como diz a música do Scorpions, ouça os ventos da mudança. O clip é uma ode à revolução!

O fato é que, em uma sociedade que cada vez mais se caracteriza por uma passividade acerca de vários assuntos que lhe dizem respeito (política, vida social e estudantil, porque não?), os 200 estudantes — ou até menos — que lá estavam, se multiplicaram e alcançaram a vitória. No futuro que cada vez mais se aproxima, o da nossa formatura, vamos nos lembrar com carinho desse momento, que certamente, entrou para a história. Escrevemos essa página na história e não nos submetemos, nem ao comodismo, tampouco aos comentários mesquinhos de que nosso esforço seria em vão. Chegamos à vitória. Mas temos de estar vigilantes, atentos, para que esse tipo de situação não mais aconteça.

A vitória é nossa! Como diria nosso companheiro e representante Carlão, alunos unidos jamais serão vencidos!

E tenho dito!

"Hay que endurecerse, pero, sin perder la ternura jamás"
Che Guevara

sábado, setembro 11, 2010

Pior do que está não fica? Fica sim!

Fernando Silva — no twitter, @fernandomagall

"Não vemos graça nas gracinhas da TV, morremos de rir no horário eleitoral". Sábias palavras de Humberto Gessinger, que são perfeitamente aplicadas ao momento atual no Brasil, a menos de um mês da eleição que definirá os governantes do país nos próximos quatro anos (ou oito, no caso dos senadores). Mas o fato é que o pleito virou mesmo um circo.

A cada eleição, as coisas andam piores. Se já não bastasse a maioria dos candidatos repetir o mantra vazio "saúde e educação para todos", é cada vez mais crescente o 'fenômeno' de postulantes à um cargo público que usam de subterfúgios 'cômicos', ou traduzindo no mais claro português, fazem o povo de trouxa, de babaca, de palhaço.

Mas você há de perguntar: "Mas, e a democracia?". Pois é. A questão nem é quem se candidata, mas sim a forma como cada aspirante à uma vaga na vida pública encara o processo eleitoral, e consequentemente, o eleitor. Sem querer fazer alusão a qualquer candidato, já fazendo, algumas campanhas subestimam a capacidade intelectopolítica do brasileiro como um todo.

Embora Tiririca seja a grande bandeira do escárnio em que se transformou o sufrágio universal neste ano (só para ficar no Estado de São Paulo), outros candidatos, muitos com discursos que chegam a ofender a inteligência do povão, invadem as nossas TVs no horário nobre. Aí vai uma amostra do que teremos de ver até o fim do horário eleitoral.



Tadinho do eleitor. E assim caminha a mediocridade.

quarta-feira, setembro 01, 2010

Inferno na música: a geração perdida

A medida que a idade vem, ficamos nostálgicos. Tudo que vem do passado é bem melhor do que agora. Ainda que hoje vemos a perfeição técnica de jogos como Playstation 3 e Xbox, por exemplo, lembramos com carinho do Atari, ou do Master System, para os mais novos. Mesmo que hoje uma boa parte de nós estudantes tenhamos nosso próprio computador, ou mesmo um laptop, não há como se esquecer do Pense Bem, aquele da Tec Toy. Culturalmente é assim também. Não se fazem mais escritores como Fernando Pessoa, Machado de Assis ou mesmo o recém-falecido José Saramago. Hoje, salvo exceções, os livros são apenas bons, mas não tem mais a mesma poesia de algumas décadas atrás.

Quanto à música, é a mesma coisa. Particularmente, sou um cara eclético e gosto de escutar quase tudo. Como até já foi debatido em classe, uma das facilidades da internet foi o compartilhamento de músicas, o que permitiu um acesso muito maior do povão aos álbuns que só poderíamos adquirir a preços altos para época. E assim pude apreciar com mais atenção obras de arte de Tom Jobim, Chico Buarque (muito graças ao Claytom), Caetano Veloso, Gilberto Gil, Vinícius de Moraes, isso, só para ficar na MPB. Temos outros grandes nomes que honram a música brasileira por esse mundo, como Maria Rita, Roberto Carlos (porque não?), além do mestre Tim Maia.

Por que digo isso? Porque nos dias atuais, a música tupiniquim passa por uma grande entressafra intelectual. Claro, respeito os gostos, cada um tem o seu, mas, espere um pouco. Quando até mesmo o diretor de um dos prêmios musicais mais respeitados do Brasil pede demissão por causa do nível dos premiados, é porque a coisa anda preta, bem preta. Enfim, um cara de coragem, ou de "saco roxo", como diria outro.

O fato aconteceu logo após o 17º Prêmio Multishow. O diretor Guilherme Zonta pediu demissão logo após a "festa" que premiou "ótimas" bandas como NX Zero, Restart e Fresno. Decepcionado com o resultado da premiação, e mais ainda, com o nível dos premiados, Zonta deixou a casa. Atitude corajosa, digna de um cara de opinião, que abriu mão de um salário provavelmente polpudo, por não concordar com a onda comercial e medíocre que invade a música nacional.

Infelizmente, o gesto de Guilherme soa como um grão de areia na praia. A geração está mesmo perdida. Veja a fala de um zé ruela do Restart, quando foi questionado sobre a decisão do agora ex-diretor. "Somos a salvação do rock! Não sei o porque de tanta má vontade com a gente! Somos os Beatles do ano 2000! Além de sermos um bando de jovens com fãs histéricas, também temos 300.000 seguidores no Twitter".

Acho que John Lennon revirou no túmulo depois dessa. Que seja uma onda passageira, para o bem da cultura, e principalmente dos ouvidos da nova geração. Como diria Chico Lang, e assim caminha a mediocridade.

Fernando

Grande Premio de San Marino de 1994 – a corrida que não vi

Já que o tema do blog é todo relacionado com o inferno, aí vai um texto que escrevi para meu antigo blog, quando ainda era operário da Honda. Hoje, sigo como operário, só que agora, da notícia. Embora seja um texto longo, vale ser retratado, já que aquele fim de semana foi terrível, inacreditável até hoje, ou infernal, como diriam alguns.

Onde estava você no 1º de maio de 1994? Fatalmente você já respondeu a essa pergunta. Para mim, aquele final de semana foi atípico. Foi uma das únicas corridas que não assisti (a outra foi a do Grande Premio do Japão, vencida por Damon Hill, no final do ano, em que eu fui batido pelo sono), mas foi por  motivo de trabalho. Aos 14 anos, estava trabalhando esporadicamente, entregando jornais para o Good Bom, e isso me consumiu todo o final de semana, de sexta a domingo, último dia, até as 11:00. Gostaria muito de ter assistir o Grande Premio de San Marino, já que era o momento ideal para o início da virada para Ayrton Senna. Estava 20 a 0 para Michael Shumacher, com o canhão Benetton Ford B194. Senna, com a Williams Renault FW16, já não era o poderoso carro que dominou a Fórmula 1 em 92 e 93, com Mansell e Prost, respectivamente.

O ano de 1994 começou de forma dura, com Senna criticando o carro, e sentindo falta da antiga equipe McLaren. No primeiro Grande Premio do ano, em Interlagos, Senna largou na pole, com Schumacher ao seu lado, e toda a multidão esperando por um banho do carro nº 2 da Williams. Naquela corrida, Schumacher largou mal e perdeu a posição para Jean Alesi, com Ferrari. O alemão da Benetton superou o ferrarista ao final da segunda volta e foi à caça de Ayrton. Senna ponteou a corrida, porém sempre pressionado por Schumacher, até que veio o primeiro pit stop. Schumacher entrou em segundo e saiu em primeiro. Daí por diante, foi abrindo uma vantagem, entre cinco e seis segundos sobre Senna, a ponto do brasileiro errar na subida da junção. Fim de prova para Ayrton, a multidão vai embora decepcionada, e Schumacher soma os primeiros 10 pontos.

Em Aida, circuito japonês, novamente a disputa na classificação foi protagonizada pelos dois, comprovando que seria a briga pelo título seria entre a Williams Renault nº 2 contra a Benetton Ford nº 5. Dividiram a primeira fila mais uma vez, com Senna cravando a pole nº 64 da carreira. Era chegada a hora de Senna vencer a primeira com o carro azul e branco da Williams. Mas a expectativa durou apenas alguns segundos. O brasileiro largou mal e Schumacher tomou a ponta, e Hakkinen tocou na traseira do carro de Ayrton. Com isso, o alemão dominou tranquilamente, faturou a segunda no ano e abriu 20 pontos na classificação.

Em Ímola, era a hora da virada, era o momento do início da reação. Não pude assistir àquele Grande Premio. Hoje avaliando, não sei se foi bom ou ruim. Mas tive que trabalhar, ganhar um dinheirinho, comprar minhas coisas e ajudar em casa, isso com quatorze anos. Abri mão de uma classificação e corrida nas manhãs de sábado e domingo, respectivamente, por esse objetivo. Pensei: “Vou torcer em pensamento, chegar em casa e comemorar a vitória do Senna!”. Acompanhei pelos telejornais o acidente pavoroso com Rubens Barrichello, na sexta-feira, dia 29. Foi assustador, até para mim, que desde que comecei a acompanhar a Formula 1, no final de 1986, nunca tinha visto nada igual.  O mais grave que havia visto até então foi o acidente do Piquet em Indianapolis, e só. Mas o acidente de Barrichello resultou além do nariz quebrado do piloto, a ausência do brasileiro da qualificação e corrida, e um grande susto em todos no paddock. Senna foi o primeiro a se pronunciar e a se posicionar, tranquilizando a todos de que Rubens estava bem. Foi um dia bem tenso, acredito.

Sábado, dia 30, a kombi do supermercado passou para me apanhar por volta das 8 horas. Não pude nem começar a ver o treino, mas era por uma boa causa. Fiquei fora o dia inteiro. E naquela época, ainda sem internet, só conseguiria informações a respeito quando chegasse em casa. Hoje em dia, em qualquer lan house, voce consegue se informar sobre tudo. Sabia que Senna tinha tudo para ser o pole position, o que de fato se confirmou, novamente com Schumacher em segundo. Não sabia, porém, que aquele treino entrou para a história de forma fatídica, com a primeira vítima fatal depois de 8 anos. Em casa ninguém havia acompanhado ao treino, e tive que esperar o Jornal Nacional dar a fatídica notícia, na voz do Cid Moreira, se não me engano: “Tragédia na Fórmua 1″. Não esperava que fosse morte, ninguém na verdade espera pelo pior.

Mas o pior já havia acontecido. Sinceramente, aos 14 anos, embora acompanhasse muito sobre automobilismo, desconhecia o austríaco Roland Ratzemberger, embora tivesse muita simpatia pelo carrinho roxo MTV (canal que tinha muita vontade de assistir, mas muita dificuldade em sintonizar). Aquela imagem no telejornal da batida na curva Villeneuve, e a forma como a cabeça do piloto ficou, sem sustentação alguma, além dos paramédicos tentando reanimar o austríaco, foi chocante. Jamais imaginaria ver isso.

Morte? Isso era coisa dos tempos antigos, década de 60, 70 no máximo. Certamente ninguém jamais pensou que tal fato viesse a ocorrer. Acreditei que nesses casos as corridas fossem canceladas, ou adiadas, em respeito à vítima fatal. Mas também me surpreendi, percebi desde criança que para muitos, o dinheiro, os interesses comerciais, prevalecem sobre a vida humana, os sentimentos, a vida, a morte…

Senna, já com a pole position garantida, foi o único a visitar o local do acidente e presenciar o que de fato aconteceu com Roland. Pelo que eu li dos jornais e revistas da época, foi duramente criticado pelas “altas autoridades” da Fórmula 1, leia-se Max Mosley e Bernie Ecclestone. Acredito que tenha sido um momento dramático na vida de todos que estavam ali. Muitos estreando, alguns experientes, mas por mais que corressem risco de morte, devido à profissão, ninguém, absolutamente ninguém acreditava, e aceitava que a morte estava ali, bem perto.

Foi com esse clima de total tensão, tristeza, que a muito tempo não ocorria na categoria, que se iniciou o dia da corrida, 1º de maio. Um grave acidente na sexta, uma morte ao sábado. O bom senso diria que, na minha opinião, em uma situação com essa, ou cancela, adia, mas que não se realizasse tal disputa.

No domingo, fui cumprir meu último dia da minha empreitada como entregador de jornais. Fui com o coração na mão. Com medo de que acontecesse algo de grave com algum piloto, queria que o domingo não fosse negro, como nos dias anteriores. Entreguei os jornais perto do bairro onde moro e aproveitei que vi uma tv ligada em uma casa, fui dar uma espiada, vi vários carros lentos. Não imaginei nada de grave, só queria que tudo e todos estivessem bem, e que o Senna vencesse aquela “carrera”. Fiz o meu trabalho, encerrei por volta das 11horas, ganhei meu dinheirinho e lá fui eu para casa saber se o Ayrton tinha começado a sua reação. Perguntei à minha mãe, assim que cheguei, quem tinha ganho: “Schumacher”, disse ela. Schumacher?? 30 a 0?? ”E o Senna, mãe?”  ”O Senna tá no hospital, não sei o que vai ser!” Como assim, pensei, como assim??

Tomei meu banho rápido e fui pra sala ver mais notícias. O plantão dava as notícias a todo o tempo, e quando a Globo mostrou as imagens do acidente, aparentemente acreditei que tudo fosse apenas um susto, pois já tinha visto muitos acidentes, em termos de imagem, piores, como vários da Fórmula Indy. Depois vi as imagens de sangue e notei que tudo era muito sério. As vozes que eu ouvia eram cada vez mais graves, com uma sonoridade muito triste. Roberto Cabrini entrava no plantão e a todo momento frisava que o estado de saúde do Ayrton era muito grave. Lá no fundo eu pensei: "O Ayrton morrer? Como vai ser?"

Por volta de 13:30, não me lembro bem, Cabrini deu o plantão final, e decretou o trágico desfecho. Depois daquele final de semana, não perdi mais nenhuma corrida, até hoje. Não presenciei ao final de semana mais negro da história do automobilismo moderno. Hoje continuo apaixonado pelas corridas, acompanho tudo, seja Nascar, Truck, Indy, Formula 1, kart, tudo. Mas aquelas lembranças jamais serão esquecidas.

Fernando

Apresentação

Em uma de nossas aulas da disciplina de "Oficina de Redação", ministrada pelo mestre Allan, nossa classe foi dividida em grupos, onde deveríamos debater e fazer a apresentação de um trabalho sobre questões ligadas ao "Céu" e ao "Inferno". Pois bem, nosso grupo vai para o inferno, no bom sentido, diga-se.

Bem, mas quem forma o grupo, digníssimo cara pálida? São estudantes do 4º semestre do curso ainda conjunto de Publicidade e Propaganda e Jornalismo da UNIESP em Hortolândia — que diga-se de passagem, não sabemos se vai continuar ou falir, dado o descaso com os professores e também com os alunos. Os integrantes do time são Claytom, Elisangela e Fernando (futuros jornalistas), além de Gislene e Rafael, da nova leva de publicitários deste Brasil.

Por unanimidade, decidimos que nosso trabalho seria a elaboração e criação deste blog, no qual o objetivo principal é o de levar temas relacionados ao inferno, mas não apenas na acepção religiosa da expressão. O inferno pode ser no cotidiano, na religião, na música, em nossas cidades, no país, na saúde, transportes, enfim. O tema é extremamente amplo e é válido refletir sobre ele.

Também iremos abordar temas diversos, pois este blog é um espaço criado não somente para apresentar nosso trabalho, mas serve para levar um pouco de reflexão, conhecimento e entretenimento a nossos leitores. Mas só um pouco, já que o universo virtual é gigantesco, e somos agora apenas mais um grão de areia no meio dessa praia que é a blogosfera.

Vale lembrar, os assuntos aqui abordados serão tratados com absoluta imparcialidade, embora seja difícil em certos casos, pois há que se levar em conta que cada mebro do grupo tenha suas opiniões a respeito. Pretendemos explorar assuntos que possam fazer com que os leitores se identifiquem com o perfil de nosso humilde e novato blog.

Sejam bem vindos a este espaço. Esperamos que nossa iniciativa o leve a uma viagem positiva, através da leitura e reflexão dos nossos temas, e claro, contamos com a participação de vocês.

Um grande abraço!

Claytom, Elisangela, Fernando, Gislene e Rafael.