Campo de futebol submerso (crédito: Stephânia Dourado) |
STEPHÂNIA WALKER DOURADO
Não é de hoje que as chuvas de verão fazem estragos por toda parte. Não tem sido diferente em 2011. Na cidade de Monte Mor, o prejuízo no mês de Janeiro chegou a R$ 6 milhões, por conta dos estragos causados pelas enchentes. O rio Capivari, que corta a cidade, subiu mais de três metros entre os dias 19 e 22 de janeiro, e a água chegou a ruas próximas do centro do município. Os bairros Capuavinha e Progresso foram os mais afetados. Na zona rural, pontes caíram e as estradas ficaram intransitáveis, devido ao grande volume de chuva caído durante o mês. No Bairro Progresso, um campo de futebol ficou submerso e as águas quase cobriram as traves. A enxurrada invadiu as casas e houve deslizamento de um barranco próximo ao bairro, mas ninguém ficou ferido. Algumas famílias foram para casas de parentes e amigos por precaução, porém no dia seguinte puderam voltar aos seus lares para limpar o que restou.
Segundo a secretária Giani Abel, moradora da cidade, há mais de 30 anos não se via um verão como o de 2011. Ainda segundo ela, a prefeitura tem grande parcela de culpa por todos esses transtornos. “Acredito que se eles tomassem providência, colocando tubulações, a situação mudaria. Há anos ouço falar nessas mudanças; arrecadam dinheiro, mas nada é feito, e quem sofre com isso é a população menos favorecida, que acaba perdendo o pouco que tem”, lamentou a moradora.
Procuramos o representante da Defesa Civil na cidade, Elias Miguel Jalbut, que nos informou que a prefeitura disponibiliza caminhões e abrigo para os moradores das áreas atingidas, que os mesmos já convivem com a subida do rio todo ano, não sendo necessário o uso desses recursos. Jalbut declarou ainda que não há projetos previstos para melhoria das áreas.
Moradora da cidade de Monte Mor há mais de 40 anos, Lúcia Albrecht Benedicto disse que a Defesa Civil nunca ofereceu qualquer tipo de ajuda. A associação de moradores fez várias solicitações para instalação de galerias, sem sucesso. Lúcia conta ainda que já viu sua casa inundada várias vezes, uma delas em 2002, quando a água chegou a 1,5 metros. Na ocasião, a guarda municipal ofereceu apenas ajuda para remoção dos móveis.
Para o presidente da ONG Pingo d’Água, Marco Antônio Elias, o problema vem se agravando cada vez mais por causa das construções próximas às margens do rio. “No Capuavinha existem casas construídas a menos de 30 metros da margem do rio, em área de preservação ambiental, isso é ilegal e colabora muito para que as enchentes fiquem cada vez pior, pois não tem para onde as águas correrem”, disse.
Pelo que se observa nada será feito nos próximos anos. Enquanto isso, o impasse continua, e quem sai perdendo mais uma vez é a população menos favorecida, que não sabe mais a quem recorrer.
Segundo a secretária Giani Abel, moradora da cidade, há mais de 30 anos não se via um verão como o de 2011. Ainda segundo ela, a prefeitura tem grande parcela de culpa por todos esses transtornos. “Acredito que se eles tomassem providência, colocando tubulações, a situação mudaria. Há anos ouço falar nessas mudanças; arrecadam dinheiro, mas nada é feito, e quem sofre com isso é a população menos favorecida, que acaba perdendo o pouco que tem”, lamentou a moradora.
Procuramos o representante da Defesa Civil na cidade, Elias Miguel Jalbut, que nos informou que a prefeitura disponibiliza caminhões e abrigo para os moradores das áreas atingidas, que os mesmos já convivem com a subida do rio todo ano, não sendo necessário o uso desses recursos. Jalbut declarou ainda que não há projetos previstos para melhoria das áreas.
Moradora da cidade de Monte Mor há mais de 40 anos, Lúcia Albrecht Benedicto disse que a Defesa Civil nunca ofereceu qualquer tipo de ajuda. A associação de moradores fez várias solicitações para instalação de galerias, sem sucesso. Lúcia conta ainda que já viu sua casa inundada várias vezes, uma delas em 2002, quando a água chegou a 1,5 metros. Na ocasião, a guarda municipal ofereceu apenas ajuda para remoção dos móveis.
Para o presidente da ONG Pingo d’Água, Marco Antônio Elias, o problema vem se agravando cada vez mais por causa das construções próximas às margens do rio. “No Capuavinha existem casas construídas a menos de 30 metros da margem do rio, em área de preservação ambiental, isso é ilegal e colabora muito para que as enchentes fiquem cada vez pior, pois não tem para onde as águas correrem”, disse.
Pelo que se observa nada será feito nos próximos anos. Enquanto isso, o impasse continua, e quem sai perdendo mais uma vez é a população menos favorecida, que não sabe mais a quem recorrer.
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