Algum político (não vou consultar o Google) teve a ideia de decretar o dia 20 de novembro como o Dia da Consciência negra. A data coincide com a morte de Zumbi dos Palmares, mais um dos revolucionários que fizeram história no Brasil, como Tiradentes, Luiz Carlos Prestes, Juscelino Kubitschek e Lula, para citar apenas alguns. Mas não há nada para se comemorar em 2010, um ano que ficou definitivamente marcado pela volta da intolerância, não só contra o negro (sem essa de afrodescendente) e também contra o nordestino e o homossexual.
Cabe refletir sobre isso. A diversidade étnica impera no Brasil desde 1500, quando os portugueses erraram o caminho das Índias e invadiram a terra dos índios, dando início a uma miscigenação sem fim. Séculos mais tarde, vieram os espanhóis, italianos, japoneses, poloneses, alemães, os africanos, entre tantos outros povos que trouxeram muita força e construíram essa nação e a deixaram multicolorida.
Nunca há motivo para a discriminação, coisa de gente mesquinha, fútil, imbecil e que é o esgoto do mundo. Entretanto, cada vez mais a chama terrível do nazi-fascismo reacende na Europa, Estados Unidos, e pasmem, aqui mesmo no Brasil, causando uma onda de intolerância que remete aos tempos de Hitler. A extrema-direita usa discurso parecido com o do ditador austríaco para dizer quem é puro e quem não é, a famigerada “raça ariana”.
A discriminação sempre existiu, isso é fato. A diferença é que agora ela é escancarada, deixou há muito de ser velada. Cada vez mais é visto nos campos de futebol da Europa manifestações de racismo a jogadores, sobretudo africanos e brasileiros. Recentemente, Mario Balotelli, atacante italiano de origem ganesa, foi duramente insultado por torcedores no amistoso contra a Romênia na terra de Hitler, em mais um episódio lamentável na história do futebol.
Voltemos ao cenário brasileiro. Faz-se necessário dizer que a campanha eleitoral de José Serra, permeada de ódio contra os pobres e nordestinos, desencadeou uma triste onda de reações discriminatórias em todo o país. Recentemente, uma estudante de direito pregou mensagens de ódio os nordestinos no Twitter, enquanto um jornalista pregou mensagens contra “os miseráveis que passaram a ter dinheiro para comprar um carro”, palavras do dito-cujo. Some-se ao fato do ataque aos homossexuais na Avenida Paulista, maior centro financeiro da América Latina.
Os negros são discriminados sim. Já fui vítima de alguns casos e já vi outros tantos. Certa vez, tive o conhecimento que os pais de uma moça, ditos evangélicos, rejeitaram o neto já que o pai dele era negro. Isso é o que vejo, mas não vai para a TV. Negros em papeis relevantes na sociedade são minoria, como o ministro do STF, Joaquim Barbosa. Poucos são também os representantes da raça negra no cenário político.
Nas faculdades ditas famosas, os negros eram minoria esmagadora até antes do projeto de cotas do Presidente Lula tornar-se realidade. O que causou revolta àqueles que acreditavam deter o domínio do saber e não queriam compartilhar com a minoria (que nem é tão minoria assim).
Não há regime de cotas no mundo capaz de resolver um problema desses. Esse problema não está nas mãos das autoridades, está no seio da sociedade. Entretanto, a cada ano que passa, ando mais pessimista. A moral e os valores não são os mesmos, e não há nada a comemorar. Ao invés de aplausos pela data, um minuto de silêncio, lamentavelmente. E assim caminha a intolerância e a mediocridade.
Cabe refletir sobre isso. A diversidade étnica impera no Brasil desde 1500, quando os portugueses erraram o caminho das Índias e invadiram a terra dos índios, dando início a uma miscigenação sem fim. Séculos mais tarde, vieram os espanhóis, italianos, japoneses, poloneses, alemães, os africanos, entre tantos outros povos que trouxeram muita força e construíram essa nação e a deixaram multicolorida.
Nunca há motivo para a discriminação, coisa de gente mesquinha, fútil, imbecil e que é o esgoto do mundo. Entretanto, cada vez mais a chama terrível do nazi-fascismo reacende na Europa, Estados Unidos, e pasmem, aqui mesmo no Brasil, causando uma onda de intolerância que remete aos tempos de Hitler. A extrema-direita usa discurso parecido com o do ditador austríaco para dizer quem é puro e quem não é, a famigerada “raça ariana”.
A discriminação sempre existiu, isso é fato. A diferença é que agora ela é escancarada, deixou há muito de ser velada. Cada vez mais é visto nos campos de futebol da Europa manifestações de racismo a jogadores, sobretudo africanos e brasileiros. Recentemente, Mario Balotelli, atacante italiano de origem ganesa, foi duramente insultado por torcedores no amistoso contra a Romênia na terra de Hitler, em mais um episódio lamentável na história do futebol.
Voltemos ao cenário brasileiro. Faz-se necessário dizer que a campanha eleitoral de José Serra, permeada de ódio contra os pobres e nordestinos, desencadeou uma triste onda de reações discriminatórias em todo o país. Recentemente, uma estudante de direito pregou mensagens de ódio os nordestinos no Twitter, enquanto um jornalista pregou mensagens contra “os miseráveis que passaram a ter dinheiro para comprar um carro”, palavras do dito-cujo. Some-se ao fato do ataque aos homossexuais na Avenida Paulista, maior centro financeiro da América Latina.
Os negros são discriminados sim. Já fui vítima de alguns casos e já vi outros tantos. Certa vez, tive o conhecimento que os pais de uma moça, ditos evangélicos, rejeitaram o neto já que o pai dele era negro. Isso é o que vejo, mas não vai para a TV. Negros em papeis relevantes na sociedade são minoria, como o ministro do STF, Joaquim Barbosa. Poucos são também os representantes da raça negra no cenário político.
Nas faculdades ditas famosas, os negros eram minoria esmagadora até antes do projeto de cotas do Presidente Lula tornar-se realidade. O que causou revolta àqueles que acreditavam deter o domínio do saber e não queriam compartilhar com a minoria (que nem é tão minoria assim).
Não há regime de cotas no mundo capaz de resolver um problema desses. Esse problema não está nas mãos das autoridades, está no seio da sociedade. Entretanto, a cada ano que passa, ando mais pessimista. A moral e os valores não são os mesmos, e não há nada a comemorar. Ao invés de aplausos pela data, um minuto de silêncio, lamentavelmente. E assim caminha a intolerância e a mediocridade.
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